terça-feira, 29 de junho de 2010

Sede


Foto por: Débora Xavier

A água é indispensável para o corpo humano; é insubstituível, é vital. Nenhuma novidade até aqui, não é? Sentir sede é a forma do corpo de comunicar a importância da água para o seu funcionamento; sempre que percebemos essa necessidade bebemos dessa substância e permanecemos fisiologicamente saudáveis, estáveis.


Desde que nascemos sentimos sede. Sede de cuidados, de afeto e atenção. Um pouco mais de tempo e a sede torna-se mais multiforme. Sentimos sede de carinho, de compreensão, de respostas aos questionamentos que surgem diante de nós. Obtemos, com maior intensidade conforme o tempo, a sede de companhia e aceitação. Temos sede de contentamento e de alegria. A sede de segurança e confiança é real, indiscriminadamente, em cada ser humano. Todos têm sede e não há nenhum problema de compreensão nessa afirmação.

Dignidade, justiça, paz, segurança, AMOR! Temos sede demais de uma enorme variedade de substantivos, não? Buscamos assegurar-nos nas conquistas profissionais. Tentamos, a todo custo, encher-nos de conhecimento para saciar a sede de respostas convincentes para o entendimento da vida. Apegamo-nos a superstições para sentirmo-nos seguros. Forjamos momentos de prazeres descartáveis. Utilizamos pessoas como tampas para preencher nossos espaços vazios da nossa alma. Apelamos aos vícios como refúgio anestésico da nossa vida desajustada, incompleta e infeliz, e sobrevivemos com a sensação enganosa de estarmos vivos. Temos sede! Sede de sermos felizes e inteiros.

Certa vez, uma mulher buscava água num poço e um sujeito lhe apresentou uma nova maneira de enxergar a sua sede. Ele lhe falou sobre a sede da alma, a sede insaciável da humanidade. A reação dela foi, a princípio, de estranhamento. Esse homem misterioso lhe disse: “aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” (João 4.14) Cristo é a agua capaz de saciar-nos plena e eternamente! Essa mulher decidiu experimentar, afinal, o que ela tinha a perder? Quem faz essa escolha tem a saciedade eterna. Já imaginou uma vida sem ilusões e mesmisses tediosas? Sem aquele insistente vazio e sem desesperadora e insaciável sede por paz? Podemos ser as pessoas mais inteligentes, queridas, bem-sucedidas profissional e financeiramente, de boa fama e bons princípios. Sem a água viva, permaneceremos na sequidão do que somos... sedentos de Deus!

Maior ainda que intensidade com a qual o corpo necessita e busca a água, é a necessidade ardente da humanidade por Deus. Ao negarmos essa necessidade, agimos como ignorantes. IGNORANTE? EU? Sim, se a minha escolha for ignorar a solução para meus próprios anseios. Serei como um camelo, que, após 5 dias de procura enlouquecida por água no deserto, deparando-se com um lago, ignora-o por saber que suporta mais 3 dias sem água límpida que ele pode oferecer. Nossa alma também suporta a ausência de água por um tempo, mas sem beber da salvação de Cristo, morreremos no deserto das nosas ilusões. Beba da água da vida e seja saciado para sempre!


"Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água." Salmo 63.1

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Eu diria que sou alguém que busca um encontro diário consigo mesma, com seu Criador e com a essência da vida... o amor. Amor ao Deus que me habita, a mim mesma e às preciosas e singulares pessoas que me cercam ou que simplesmente dividem este planeta comigo. Eu diria que sou a necessidade de ter amor e o potencial de amar. Eu sou um coração e uma consciência em obras para fazer parte de um monumento que durará para sempre: a vida real.